Powered By Blogger

domingo, 25 de abril de 2010

Diário de um árbitro auxiliar – vol. 1 – Pré-Olímpico Feminino - 23/04/2010

 Por Wilton Yokomizo 

   Depois de “Diário de um detento”, dos Racionais; “Diário de um mago” (?), do Paulo Coelho; “O Diário de Anne Frank”, da própria e “Diário de um magro”, do Mario Prata, resolvi também ter o meu diário! Hehehe!
   Hoje foi o primeiro dia do torneio que tem como prêmio 5 vagas para as Olimpíadas de Xadrez, na Rússia.
A primeira rodada foi iniciada pontualmente às 19h, no CXSP.
Tenho a impressão que esse ano a equipe de xadrez feminina terá novas integrantes.
Habitualmente, classificam-se nomes como Joara Chaves, Paula Delai, Suzana Chang e Regina Ribeiro.
Esse ano, há outras jogadoras que nesse intervalo de 2 anos atingiram um alto nível de rendimento enxadrístico.
   Por exemplo, o rating mais alto entre todas as jogadoras (2123) é o de Juliana Terao (para muitos, a favorita para conquistar uma das vagas e até o título).
Há também jogadoras com boas chances de surpreender, como Vivian Heinrichs (impressão reforçada hoje pela boa vitória sobre uma experiente e forte oponente, Jussara Chaves), Amanda Marques e Daphne Jardim.
   Em um torneio de alto nível, como esse, o árbitro não tem grande trabalho, pois as jogadores já possuem bastante conhecimento das regras de torneio e encaram o jogo de maneira séria, como uma profissão.
   Entretanto, também nesses torneios, quando há controvérsia sobre algum fato do jogo, a situação poucas vezes é fácil de decidir e julgar.
   Ao observar as partidas, percebi o alto nível das jogadoras, mesmo aquelas que não possuem rating FIDE.
Aprendi um pouco mais sobre xadrez hoje, de uma maneira diferente, observando (além de ficar com grande vontade de jogar xadrez pensado!).

Novidades

   Além da já citada vitória da Vivian sobre a Jussara (o AI Mauro Amaral, cônjuge de Vivian, estava preocupado antes da partida!), algumas partidas chamaram a atenção.
Na disputa entre Agatha Hurba Nunes e Regina Ribeiro, houve um surpreendente equilíbrio da jogadora de brancas (Agatha) na partida - “ela está jogando confiante”, observou o destacado solucionista, AA Roberto Stelling, durante a partida.
   Terminou por não conseguir segurar uma dobradura de torre e dama da coluna g no final, mas foi uma boa partida.
   Outra partida a ser destacada foi a de Laurie Tournie e Katherine Vescovi (prestigiada pela presença do pai, o GM Giovanni).
   Katherine construiu um bonito ataque no final que parecia decisivo, mesmo com peão a menos, mas desperdiçou a chance de vencer, com pequenos deslizes.
   Essa foi uma das duas últimas partidas a terminar e, pelos olhares curiosos do outro lado do Aquário, todos se surpreenderam com a ousadia da pequena.

Um comentário:

  1. Will, parabens pela postagem,foi muita informativa. Assistir as partidas de jogadoras tão experientes deve ser muito interessante.
    Quanto a entrevista do Felipe, é só mandar as perguntas que com prazer ele responderá.

    Um abraço

    Jorge Silva

    ResponderExcluir