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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Entrevista com Klaus Seiji Gotz

Entrevista com Klaus Seiji Gotz


Por: Wilton Yokomizo - blog Xadrez Guarulhense
                                                                                 
                                                       
 foto: xadrezbatatais
                                         

O garoto de 15 anos, Klaus Seiji Furucho Gotz,  recentemente derrotou no torneio de Osasco- 50 anos o argentino Salvador Alonso - em sua partida de "estreia" contra um GM  (Grande Mestre).
Curiosamente, os dois momentos mais importantes dessa partida aconteceram na mesma casa: a6.
De personalidade tranquila e amistosa, Gotz mostra além de um xadrez melhor a cada dia, uma boa educação.
Por ocasião do torneio desse último final de semana, I Etapa do IRT da LXSBC (Liga de Xadrez de São Bernardo do Campo), Klaus nos concedeu a entrevista a seguir:

Wilton Yokomizo: Com quem aprendeu a jogar xadrez?
Klaus Seiji Furucho Gotz: Foi com o João Braga, o organizador da Bienal João Braga, no Clube de Xadrez de São Paulo (CXSP).

WY: Quando o seu interesse pelo xadrez aumentou?
KSFG: Começou quando eu fui treinar com o MF Álvaro Aranha (Mestre Fide e atual treinador da seleção olímpica feminina), que ele incentivou e aí peguei gosto. E ele é amigo do João Braga e isso facilitou.

WY: Quem o treina atualmente?
KSFG: Atualmente o meu treinador é o argentino Leandro Perdomo (Mestre Internacional).

WY: Pratica algum esporte ou acompanha, além do xadrez?
KSFG: Acompanho os jogos do Corinthians. Mas praticar só na escola, futebol, no recreio.

WY: Hobby tem algum?
KSFG: Não, só xadrez.

WY: Qual foi a partida mais emocionante ou mais marcante até hoje?
KSFG: Foi com o GM argentino Salvador Alonso, a primeira vez que venci um Mestre, não havia vencido nem mesmo ainda um MF.

WY: Nessa partida recente, contra o GM Salvador Alonso, qual foi o ponto ou momento da partida que você teve a sensação que poderia empatar ou vencer de um jogador com muito mais rating?
KSFG: Só no último lance! - risos. Quando joguei Ta6, aí eu tive certeza, porque esses caras enrolam toda hora - risos.

WY: É, os mestres geralmente tem grande preparo de finais.
KSFG: Sim! Dos finais e de tudo. Os caras conhecem!

 WY: Ainda sobre essa partida, no 19º lance, a decisão pelo sacrifício do cavalo em a6, você já conseguia ver claramente a chance de vitória?
KSFG: Eu achei que ficava compensado. Não pensava ainda em empatar ou ganhar, só me divertir e tentar fazer uma boa partida.

WY: O que você mais gosta no xadrez?
KSFG: Tudo!

WY: E o que você menos gosta?
KSFG: (após longo silêncio) Ah, acho que nada (nesses casos, o silêncio diz muito. Gotz realmente adora o jogo!).

WY: No futuro, na hora de escolher uma profissão, pensa em alguma outra coisa além do xadrez?
KSFG: Eu pretendo ter uma profissão e seguir com o xadrez como um hobby, por diversão.  A profissão seria Engenharia Civil, tem que estudar, é concorrido.

WY: Qual o conselho você daria para quem está se iniciando ou em desenvolvimento enxadrístico?
Primeiramente, nunca desanimar. Porque muitas pessoas fortes pararam porque desanimaram. Nunca deixar de jogar, não perder o gosto (pelo jogo). E sempre estudar bastante, porque senão você não evolui.

WY: Qual o seu palpite para o Mundial: Anand ou Gelfand?
KSFG: Anand!

WY: Valeu Gotz!

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