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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Morre André Cajal, 66

No último dia 1º de junho, aos 66 anos, faleceu André Cajal, entusiasmado enxadrista e figura fácil dos torneios do Clube de Xadrez de São Paulo (CXSP) e de outros torneios de xadrez rápido.

Abaixo, o link para o relato dos últimos dias de André Cajal, feito por Tiago Augusto dos Santos:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=544879952221176&set=a.207548829287625.46516.100000975275024&type=1&theaterhttps://w

Embora aparentasse há anos uma saúde frágil, era um jogador difícil de vencer quanto menor fosse o tempo de reflexão (especialmente em relâmpago) e mais complicada a posição (ele parecia fazer questão de tornar a partida mais confusa possível).

Ainda assim, o seu último rating FIDE é de 2056 para torneios pensados/clássicos, número bastante significativo e era o número 296 entre os jogadores ativos no Brasil.

Todos os jogadores que disputaram torneios e o conheceram tem alguma história para contar sobre ele, era uma figura folclórica (algumas pessoas não acreditavam que ele existia, sobretudo fora de São Paulo).

Seja por causa de seu xadrez altamente tático (e que propositalmente parecia faltar algo de posicional), pela velocidade com a qual jogava, pelo cheiro, o bom humor após vencer ou o mau humor que o acometia quando perdia.

A primeira vez que joguei com Cajal foi há alguns anos, creio que em 2006, em um torneio de xadrez rápido no CXSP.
Antes de iniciar o torneio, Cajal parecia de bom humor e conversou comigo trivialidades como "de onde eu era", "quanto tempo eu jogava xadrez" e por aí vai.

Logo após, estava eu a jogar contra ele.
Fiz o possível para resistir, mas após a abertura comecei a perceber o quão forte era o seu senso tático e cheguei a um final inferior e perdi.
Após a partida, o cumprimentei e ao contrário da conversa amistosa antes do início da partida, ele resmungava e estava com uma cara um tanto fechada - talvez tenha achado que resisti inutilmente.
Apenas tempos depois percebi que em outras oportunidades, com outros enxadristas, a reação se repetia - e ao contrário do que se pode pensar, era uma atitude com algo infantil, sem maldade.

Há alguns meses não tenho ido ao CXSP, entretanto, ví uma matéria feita lá em um programa da Gazeta, domingo a noite, ainda depois do "Mesa Redonda" e entre os jogadores entrevistados, estava André Cajal.
Quando o ví, sorri e pensei alto: "olha, o Cajal"! - foi inusitado vê-lo contando que havia sido campeão paulista, há anos atrás.

Então, pela TV, foi a última vez que o ví.

Cajal, conhecido por suas "cajaladas", aquele arroubo tático que lhe ocorria durante as partidas, certamente cumpriu sua missão no xadrez: de jogar, jogar e jogar - e se divertir com isso.



























segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fotos do Desafio Enxadrístico Clube Sírio / Monte Líbano - APCEF-SP

 Partida entre Salim Schahim (ao fundo, de pretas) e Marcos Correia.
 Schahim e Marcos (no primeiro plano). Ao fundo, os demais participantes analisando e jogando.

Sopko (em pé) e Dirk (sentado) observam a partida.
 De preto, o anfitrião MF Adriano Caldeira.
 Análises "post mortem" de uma das partidas, bastante concorrida.

Da esquerda para direita: em pé, Jafet, Amauri e Alessandro. Sentados, Palaikis e Seman discutindo a posição de jogo e Vagner Lima observando - e eu fotografando! Rs!

Desafio Enxadrístico: Clube Sírio / Monte Líbano - APCEF-SP

No último sábado, 1º, foi realizado no clube Monte Líbano a 2ª partida do match Clube Sírio/Monte Líbano e APCEF-SP.

As instalações destinadas para a realização do match amistoso foram impecáveis: mesas, cadeiras, iluminação, ambiente, peças e tabuleiros - ou seja, fomos muito bem recebidos, assim como na 1ª partida, no Clube Sírio. Por isso, agradecemos o Mestre FIDE Adriano Caldeira pelas ótimas condições que tivemos em relação aos locais de jogo e enxadristas escolhidos em ambas as oportunidades.

A disputa nas partidas foi bastante interessante, bem acirrada, mas com clima amistoso e de congraçamento entre os enxadristas das duas equipes.

Os jogadores foram emparceirados dessa forma:
       
Equipes:               APCEF-SP                              Clube Sírio/Monte Líbano           

Tabuleiro 1: Dirk D. van Riemsdijk        1 - 0     Carlos Jafet 
Tabuleiro 2: Marcos Correia                    1 - 0     Salim Schahim
Tabuleiro 3: Jorge Sopko                         0 - 1     Alessandro Bezerra
Tabuleiro 4: Wilton Yokomizo                 1 - 0      Edgard Palaikis
Tabuleiro 5: Cassio Sá de Miranda        0 - 1     Marcos Seman Cuflat Neto
Tabuleiro 6: Amauri Nogueira da Cruz  1 - 0    Vagner Lima

Resultado Final:                                    4 - 2

Dirk venceu Jafet. Marcos assinalou uma boa vitória contra Schahim. Jorge perdeu para Alessandro Bezerra, forte jogador. Venci Palaikis em uma dura luta. Cássio não conseguiu frear Marcos Seman, embora tenha feito uma partida bastante válida e mostrou sua evolução e Amauri surpreendeu e ganhou de Vagner Lima  - a surpresa nesse caso é pelo fato de Amauri não jogar torneios assiduamente.

A equipe APCEF-SP tem melhorado de maneira constante pelo esforço empreendido por Dirk e seus alunos. Vencer uma equipe de muito bom nível como a do Clube Sírio/Monte Líbano é um sinal de que estamos no caminho certo.

E com um espaço reservado para o xadrez em um local de fácil acesso, certamente teremos mais enxadristas na disputa e um nível de competitividade ainda maior.

Na próxima postagem, fotos do evento.